
Debruçada sobre o parapeito da janela revejo este dia e apercebo-me de como o tempo é impaciente e não espera por nós.
Torna-se cada vez mais complicado acompanhá-lo, pois os ponteiros não param de correr e marcam tempos insuficientes para amar.
São lembranças o que carrego e desejos o que procuro.
São aqueles teus doces beijos que não caiem no esquecimento e fazem com que o tempo realmente voe ao pé de ti.
Amar (sem tempo) é estar ali ou acolá quando permanecemos sempre aqui, não é mais do que voar sem asas.
Longe de ti as horas são longas e o tempo horas, mas ao teu lado as horas são escassas e o tempo momentos.
Hoje sei que é o amor que nos transporta para além dos minutos, para além das expectativas e eterniza o tempo.