A mamã disse que ele tinha ido para um sítio melhor, onde está muito feliz, de certeza que é na nossa casinha da árvore e deve estar à minha espera – pensa Madalena.
Nisto começa a correr, dirigindo-se para o prado, esquecendo-se que era apenas uma menina de 8 anos e que o escuro da noite a assombrava.
Corre entusiasmada pelo prado fora, onde outrora correra sorridente e voara de braço dado com o seu pai.
- Papá? – chama Madalena, desejando apenas voltar ouvir a voz dele e poder abraçá-lo. Porém, ouve apenas os mochos que sempre a arrepiaram, mas que agora não mais a intimidam.
Pouco depois, avista ao longe a casa de madeira, no topo da árvore e corre ainda mais depressa. Sente-se ofegante, mas a sede de rever o seu progenitor é maior que qualquer cansaço, é simplesmente infinita.
Bate à porta, pedindo licença para entrar. Contudo, não ouve ninguém e pensa que talvez o papá esteja a dormir, pois já é tarde. Então, roda cuidadosamente a maçaneta, para não fazer barulho e com pezinhos de veludo entra, olhando em redor e encontra apenas a cruel realidade, a ausência do pai.
Grita em desespero, grita até a voz desaparecer.
Perde as suas pequenas forças e acaba por cair, completamente transtornada e alagada em lágrimas.
- Papá foste embora e não me levaste, mas eu também quero ir. Volta, eu espero aqui por ti – murmura Madalena. E de seguida, adormece enrolada numas velhas mantas que antes utilizara nos piqueniques dos Domingos, nos quais comia as deliciosas sandes que o pai fazia. Era o dia da semana em que era a princesa mais feliz do Universo, como ela própria dizia.
Na manhã seguinte, acordou assustada, pensava que tudo aquilo podia ter sido um sonho mau e que o papá iria estar ali para lhe dar um beijo e a acalmar, mas não.
Desembrulhou-se e ao largar as mantas reparou que delas caiu um pequeno ramo de flores silvestres, iguais às que o seu pai lhe oferecia quando a coroava como mais bela princesa do seu reino.
- O papá esteve aqui! O papá esteve aqui! Ele veio buscar-me! – diz eufórica.
Abre a porta, desce as escadas e começa a dançar e cantar pelo verdejante terreno. Depois ergue o ramo e uma rajada de vento solta as pétalas das flores e a menina solta junto delas doces palavras.
- Papá, estas pétalas são um bocadinho de mim e vão voar até ti, porque eu só sei ser feliz contigo.
Nisto começa a correr, dirigindo-se para o prado, esquecendo-se que era apenas uma menina de 8 anos e que o escuro da noite a assombrava.
Corre entusiasmada pelo prado fora, onde outrora correra sorridente e voara de braço dado com o seu pai.
- Papá? – chama Madalena, desejando apenas voltar ouvir a voz dele e poder abraçá-lo. Porém, ouve apenas os mochos que sempre a arrepiaram, mas que agora não mais a intimidam.
Pouco depois, avista ao longe a casa de madeira, no topo da árvore e corre ainda mais depressa. Sente-se ofegante, mas a sede de rever o seu progenitor é maior que qualquer cansaço, é simplesmente infinita.
Bate à porta, pedindo licença para entrar. Contudo, não ouve ninguém e pensa que talvez o papá esteja a dormir, pois já é tarde. Então, roda cuidadosamente a maçaneta, para não fazer barulho e com pezinhos de veludo entra, olhando em redor e encontra apenas a cruel realidade, a ausência do pai.
Grita em desespero, grita até a voz desaparecer.
Perde as suas pequenas forças e acaba por cair, completamente transtornada e alagada em lágrimas.
- Papá foste embora e não me levaste, mas eu também quero ir. Volta, eu espero aqui por ti – murmura Madalena. E de seguida, adormece enrolada numas velhas mantas que antes utilizara nos piqueniques dos Domingos, nos quais comia as deliciosas sandes que o pai fazia. Era o dia da semana em que era a princesa mais feliz do Universo, como ela própria dizia.
Na manhã seguinte, acordou assustada, pensava que tudo aquilo podia ter sido um sonho mau e que o papá iria estar ali para lhe dar um beijo e a acalmar, mas não.
Desembrulhou-se e ao largar as mantas reparou que delas caiu um pequeno ramo de flores silvestres, iguais às que o seu pai lhe oferecia quando a coroava como mais bela princesa do seu reino.
- O papá esteve aqui! O papá esteve aqui! Ele veio buscar-me! – diz eufórica.
Abre a porta, desce as escadas e começa a dançar e cantar pelo verdejante terreno. Depois ergue o ramo e uma rajada de vento solta as pétalas das flores e a menina solta junto delas doces palavras.
- Papá, estas pétalas são um bocadinho de mim e vão voar até ti, porque eu só sei ser feliz contigo.
14 comentários:
muito obrigada rita (:
Pois, mas tento e não dá ;s
mas obrigada na mesma querida (:
Que querida Rita $:
Obrigado *
Oh meu Deus! Que texto mais fantástico! Eu nem tenho palavras mesmo :/ Está tão lindo!
Até me vieram as lágrimas aos olhos - sem exagero!
Um grande beijo e continua assim *
Fui apenas sincero :$
Obrigada querida *
Gostei.
adorei *
Ritinhamiga
Gostei, gostei muito. Pinceladas de azul e de saudade; escreves mesmo bem. Um velho jornalista e escritor (ao que dizem...) gosto de ver que se escreve bem nos tempos de hoje. Parabéns.
As mantas de piquenique, as sandes melhores do Mundo e o Pai ainda melhor são ideias força excelentes. Segue em frente, minininha.
Espero por ti na Minha Travessa.
Qjs = queijinhos = beijinhos
não tens que agradecer, minha querida :)
claro, há várias formas de definir esta linda palavra, "amor" *
Lindo!
obrigada minha querida @
Adorei!
Identifico-me (talvez demais) com o que escreveste.
Beijinho (:
Parabéns, escreves muito bem mesmo!
Obrigada pelas tuas palavras, querida (:
sigo ;)
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